Antonella chegou e viu com grande tristeza que as casas de madeira e pedra estavam destruídas. As tábuas, estraçalhadas.
- Oh, não...
Akyura desce o Monte Akuma correndo. O rio que corta todo o Vale das Montanhas Sombrias (um rio nada sujo) levava em suas águas azuis pedaços de tecido rasgados. A correnteza levava, também, restos de porcelana, pintados com cores vivas e diferentes. A fachada de algumas pequenas lojas, caídas no chão, haviam ficado cobertas de poeira. Alguns pedregulhos chamuscados rolavam quando Antonella pisava apressada.
- Oh, não... - ela repetiu, cansada. Os olhos lacrimejavam; ela não sabia se era a poeira ou a luz do dia (que apesar das nuvens, estava bem ensolarado).
Algumas brasas negras flutuavam de um jeito monótono e até um pouco hipnótico pelo ar. As árvores do parque tiveram suas folhas levemente queimadas, mas ainda estavam bem.
- Ela quer danificar apenas o que construímos...? - Akyura queria entender o que havia de errado com Suki...
Suki, que estava andando pelos destroços da cidade, ainda queria mais coisas para destruir.
- Tsc, como aquele inútil salvou aquela tonta? Imbecil, retardado... Eu mataria ele se já não tivesse morrido. Faria ele cuspir as tripas! Tonto! Estúpido! Tomara que tenha sentido... A pior dor do mundo! Tomara que tenha murchado de tanto sangrar! - ela estava espumando de raiva. Destruindo tudo que aparecia pela frente. - GRRR... E ela... Como se atreve a fazer aquilo?! Ela me desafiou! E não parecia assustada... Que garota mais trouxa... Hunf, ela vai acabar igual ao amigo dela...
- Ei, você... Sua mãe não lhe ensinou que é ruim falar mal dos outros pelas costas? - Antonella estava em pé numa grande rocha. Numa mão, trazia a faca; na outra, um laço rosa.
- Ora, ora... Então, agora que você está aqui, não seria mais pelas costas, hein?! - ela berrou. E atirou uma lâmina em sua jovem inimiga.
Akyura desvia com facilidade. Dá um salto e vira uma cambalhota no ar, para depois cair em pé na grama, onde haviam gotas de sangue, que tinham pingado ali, violentamente borrifadas após de golpes de espada.
- Reconhece isto? - Antonella mostra o laço. Era...
- MEU LAÇO!!! SUA ESTÚPIDA!!! - Suki atirou-se contra Akyura com todas as forças, mirando a espada na garganta da menina de cabelos castanhos curtos. Errou... E a espada voou pelo ar, bateu no chão e a lâmina (muito fraca por sinal) se quebrou.
- NÃO!!! Você sabe o trabalho que deu para forjar esta espada??!! Lixo imprestável!!! - ela chutou o rosto de Antonella, mas esta se defendeu com os braços.
- Olha quem fala! - ela revida o chute. Depois arranha com força o pulso de Suki. O sangue jorrou.
- ARGH!!! Como isso dói... Mas eu... TENHO QUE AGUENTAR... - disse a garota de cabelos negros.
- Quer desistir?
- NUNCA!
As duas aterrissam no chão: uma ilesa e a outra, com o pulso arranhado sangrando.
Suki olhou fixamente para uma tábua com os olhos esbugalhados... E ela queimou, se desintegrou.
- COMO...?! - exclamou Akyura, surpresa e assustada.
- ONDE ESTÃO TODOS?! - gritou a menina.
- Huhuhu... São uns medrosos... Estão por aí... Eu ainda não matei ninguém! Apenas um ou dois idiotas que ousaram me atacar, mas... Achei melhor esperar você para começar o espetáculo sangrento!! - respondeu Suki, com um sorriso cruel.
CONTINUA...
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