segunda-feira, 21 de março de 2011

Antonella Akyura - parte 2

No dia da partida, Akyura ganhou uma faca, forjada no Monte Akuma.
Se despediu de todos, segurou seu assistente pela mão e desejou sair do vale. Porque ela também podia desaparecer de um lugar e aparecer em outro.
Nas montanhas, escolheram uma trilha que lhes chamou a atenção.
- Que legal! Quero muito que tenha um monte de animais ferozes, prontos para nos devorar!! - falou a menina, animada.
- E... Eu espero que não, senhorita... - disse Fusuma, arregalando os olhos. Ele era um medroso.
Ao entardecer, se sentaram num canto perto de uma grande árvore florida. Antonella desenho aquela parte da trilha.
- Ei, porque você nunca fala nada? - perguntou ela.
- E... Eu, senhorita...?
- É.
- Desculpe... - respondeu, chateado e com vergonha.
- Ah, não! Não estou criticando, é que de vez em quando eu... Aí você... Depois... Eu estou falando demais?!
- E... Eu gosto de ouvir sua voz, senhorita...
- Sério?
- Hm... Err... Sim...
- Hehe... Hehehe...
- Hehe... Do que você está rindo...?
- Não sei! - falou Antonella, ainda animada.
- V... Você acha que tem mesmo animais ferozes... Prontos para nos devorar...?
- É claro que não! Você está com medo?
- Não... Eu acho.
Akyura sorri para ele. Depois parou para olhar seu amigo. Estava preocupada com ele. Fusuma parecia doente, quase não comia e, apesar de não reclamar, era evidente que estava sentindo dor e passava algumas noites acordado. Seu histórico médico era ruim.
- Fusuma, eu estou morrendo de fome. Pode ir pegar uns peixes?
- C... Claro, senhorita... E... Eu...
- O que foi...?
- Err... Nada, nada...
Saiu, então, atrás de um lago onde pudesse pescar. Ele não precisava de vara, pescava usando só as mãos.
Quando já estava longe, perto de um pequeno lago de águas brilhantes, fez uma coisa que deixaria Antonella tão chocada à ponto de desmaiar: sorriu maldosamente e murmurou algo. Apanhou um peixe que pulou e o comeu com as tripas e tudo. Escreveu uma carta para a garota. E fugiu.

CONTINUA...

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