Algumas horas depois, Antonella começou a ficar cansada de tanto usar seu poder de cura sem parar.
Mas ela não podia relaxar nem por uns miseráveis minutos. Fusuma já não tinha mais forças para nada, e estava quase louco de dor, respirando de um jeito estranho.
- Uhhhh... - ele murmurava sem se mexer. - Pare, Akyura, não precisa disso... Me mate para eu não sentir mais essa... Essa dor...
- Não... Não posso deixar você morrer...
- Uhhh... Aii... Seria mais fácil me matar de uma vez e pôr um fim nesse meu sofrimento... Aiii... Ughhh...
- E... Eu não vou fazer isso... É claro que não vou matar você... - ela quase não podia responder. Antonella não sabia o que fazer...
- Akyura...
- Hã? O que foi...?
- Estou com... Muito frio... Muito frio... - sussurrou o pobre coitado, tremendo.
- Frio? Mas está tão quente! Mesmo sendo noite está quente aqui!
Era verdade. Estava muito quente. Apesar de ser noite, Antonella estava com o agasalho dobrado a seu lado. Então, já que não ia usá-lo, colocou seu agasalho em seu amigo.
- Melhorou?
- Um pouco... Obrigado... Eu... Uhhh... Aii... Eu não... Não mereço isso...
Akyura olhou Fusuma com pena. Deu-lhe um pouco de água, que ele bebeu com dificuldade. Devia ser horrível estar sentindo uma dor insuportável daquelas.
Fusuma apertava a própria barriga, tentando em vão diminuir a dor.
- Oh, se eu pudesse pelo menos aliviar sua dor... Meu amigo, desculpe, mas meu poder de cura não pode anular o efeito desse veneno... Talvez nada possa... - ela o abraçou com carinho.
- Hehehe... - ele riu sem vontade...
O pobre coitado sentia náuseas e tontura. Sua cabeça doía.
Antonella também sentia náuseas, pois o cheiro de sangue estava deixando-a enjoada. Além disso, ela nunca tinha se encontrado numa situação tão terrível como aquela. Seu ex-assistente estava morrendo envenenado e ela tinha que vê-lo agonizar, além disso...
CONTINUA...
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