Por um breve minuto... Akyura sentiu seu coração bater extremamente rápido.
- E... Eu não estou entendendo nada...
Suki tinha fugido, mas Antonella não soube explicar por que isso aconteceu. Pegou a mão de seu ex-assistente e desejou estar aparecer em outro lugar daquela trilha. Felizmente, funcionou.
- Ai... O que eu devo fazer...? Eu... Ai... - dessa vez, quem estava com medo e gaguejando era ela.
- Ugh... Argh... - gemia o pobre Fusuma.
- Ai... Eu sinto muito...
- N... Não foi c... Culpa sua...
- Mas... Por que? Por que você fez isso...?!
- E... Eu não sei...
O sangue que escorria do corte estava formando uma grande poça. Tinha algo errado... Muito errado.
- Ugh...
- Ai... Eu... Eu... Ai!! Eu vou achar... O antídoto pro veneno... E aí...
- Uhhh... Eu não acho que esse veneno tenha antídoto...
- NÃO!!! Não diga isso! Por favor... Eu sei que tem antídoto... Tem que ter! - disse Akyura, chorando.
- Aii... M... Meu olho... Também está... Doendo muito...
Fusuma abre o olho esquerdo: a pupila está cortada no meio, a íris está quase toda vermelha, a pele perto do corte está escura, com as veias roxas.
- Eww... Perdão... Deve estar mesmo doendo demais... - falou ela, limpando o olho esquerdo dele.
- Arf... Arf... Não... Consigo respirar direito... Arf... Arf... Arf...
- Aguente um pouco, você vai ficar bem...
- Não vou, não... Arf... Arf...
- Ei, o que aconteceu com você?!
Ele estava ficando roxo. Os cabelos foram ficando desbotados, já não estavam cinza escuro, agora eram cinza claro. As veias saltadas estavam quase rasgando a pele.
- Argh!! - ele gritou de dor.
- O... O que...?!
- Uhhh... Ahhh... Faz alguma coisa... Por favor... Ugh... - ele não podia aguentar aquela tortura.
- Eu... Eu... Uhh... Eu... Eu vou tentar... - Antonella tenta usar seu poder de cura, mas por mais que ela use, o efeito do veneno parece tornar-se cada vez mais terrível. Além disso, Fusuma não iria resistir mais do que algumas horas.
Akyura não queria acreditar no que estava acontecendo. Se isso nunca aconteceu com você, é impossível imaginar o que se sente numa hora dessas.
- Sinto muito. - ele falou, com dificuldade. Sua voz saía cada vez mais fraca.
- Hã?
- Por ter... Mentido para você... - agora, a voz quase não lhe saía. Ele sorriu para Antonella. Era um sorriso triste...
- Oh... Sobre isso... Não precisa se desculpar... Eu... Tudo bem. Hehehe! - a menina riu, mas o que queria mesmo era deixar os olhos se encherem d'água.
O poder de cura que ela tinha permitia que ela visse as feridas internas no corpo. E o que ela viu parecia muito grave...
- Uhh... - Akyura gemia, talvez de medo. Ou talvez soubesse o que aconteceria com seu amigo, e ela não poderia fazer mais nada.
Mesmo assim continuou tentando anular o efeito do veneno, que por sinal, era mortal.
Porém, algumas horas mais tarde...
CONTINUA...
Nenhum comentário:
Postar um comentário