quarta-feira, 23 de março de 2011

Antonella Akyura - parte 3

Quando acordou no dia seguinte, Antonella percebeu que seu amigo não estava por perto. Começou a procurá-lo, imaginando onde ele poderia estar.
De repente, ouviu um barulho num arbusto grande com folhas alaranjadas.
- Err... Que está aí?
Akyura foi se aproximando do arbusto... Bem devagar... E de trás do enorme arbusto, sai uma grande loba negra. Antonella sabia que talvez ela estivesse procurando os filhotes, era uma fêmea pois possuía as patas cor-de-rosa. Naquelas florestas, se o animal fosse fêmea, teria as patas cor-de-rosa. Se fosse macho, teria as patas azuis.
Antonella abanou sua cauda... Isso mesmo: sua cauda!! Todos os humanos do Vale das Montanhas Sombrias tinham uma cauda, e por acaso, a cauda de Akyura era igual a de uma lobo.
A loba parou de rosnar. Será que ela achava que a menina ali era um de seus filhotes...?
- Olha, desculpe, mas eu tenho que ir... Err...
Antonella foi se afastando devagar. E o animal a seguiu. Antonella saiu correndo... E a loba correu atrás. Só que ela agora, estava uivando e puxando Akyura.
- O que foi?!
Antonella viu uma coisa presa no pescoço da loba: era uma carta, amarrada como uma coleira.
- O que você...?
Mas o animal tinha sumido.
Leu a carta até o fim. E quando viu a assinatura, seus olhos ficaram vermelhos... De ódio.
A menina voltou correndo ao lugar onde dormira, abriu a pequena bolsa e viu que seu lápis havia sumido.
- Grr... Quando eu encontrá-lo, vou apertar o pescoço dele até seus olhos saltarem... - disse.
Tentou se acalmar, mas estava quase soltando labaredas pelos ouvidos, de tanta raiva.
Lembrou de quando encontrou Fusuma, há 6 anos:
- Peguei, tá com você! - disse uma pequena garota, de cabelos castanhos curtos e um rabo de lobo branco.
- Não, com você! - disse um menino de cabelos ruivos. - Ih, tenho que ir para casa.
- Tchau, Kawaki!
A menina sai andando pelo parque.
- Ei... Quem é você, menino?
- E... Eu...? Fusuma...
- Que legal, quer brincar comigo?
- Ah não... Eu sou muito t... Tímido...
- Vamos!! - exclamou a menina, agitada.
- Não.
- Eu tenho que ir pra casa. Você vai pra sua casa?
- E... Eu... Eu... Eu não tenho casa... - respondeu, com as bochechas vermelhas, quase sussurrando.
- Ah, vem comigo, minha avó resolve isso!!
Os dois foram e...
Akyura não se lembra do que aconteceu depois.
Mas resolve continuar a trilha.
Enquanto isso, Fusuma não está muito longe e...

CONTINUA...

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